sábado, 13 de novembro de 2010

Há tempos.

Bom, vamos falar de nossos bons tempos... Dos nossos graciosos bons tempos... Tempo em que brincar na rua era muito legal, mesmo. Tempo em que a TV Colosso existia. Que Mamonas Assassinas também existia. Que as crianças eram só crianças. Não eram adultos em miniatura... Que as meninas andavam de 'maria-chiquinha', que os meninos andavam de 'rayder'. Tempo em que existiam sorrisos com ternura, que existiam conversas reais, que as pessoas realmente se conheciam... Tempo em que o amor se fazia presente. Em casa. Na escola. No trabalho. O amor, naquele tempo, existia. Era intenso. Vivido. Aquele amor, sabe? Que traz paz, é confortante... Saudade do tempo em que ouvir 'Chico' não era motivo de chacota dentre os jovens. Que a poesia de Clarisse era admirada, valorizada e respeitada. Tempo em que o 'Sítio do Pica Pau Amarelo', nos remetiam ludicamente à nossa infância.... Tempos esses, que em sua maioria, não tive oportunidade de vivenciar... Mas duvido muito que sejam comparáveis aos dias de hoje... Nostalgia do que não vivi, nostalgia de tudo o que foi lindo, de tudo o que nos faz falta atualmente. Tenho sede. Sede do que pra muitos, é 'demodê'. Das músicas lindas e censuradas do Caetano, da prosa larga de Vinícius e da bossa do Tom. Quero tudo de volta. Quero tudo. Não há de ser meus futuros dias vazios, sem o que pra mim, se faz essencial. Não há de ser....

Um comentário:

  1. Tb tenho essa tal "nostalgia do não vivido" ou "do pouco experimentado"... nós, humanos, não mudamos... Todos somos assim... vovó e vovô sempre falam bem do Getúlio, mamãe e papai costumam dizer q, durante a ditadura, não tinha tanta violência e as artes eram mais criativas, em suas expressões. É natural sentirmos isso de épocas em q éramos jovens e não tínhamos tantas responsabilidades. Mtas memórias de infância marcam nossa mente tb por serem experiências pioneiras, primeiras impressões...
    Abração e bom filme, menina bonita...

    ResponderExcluir